Eu tenho duas Vidas

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 14:31

Minha Doce Mediunidade, das-me tréguas?

” O meu nome é Ana e o meu maior desejo é conseguir dormir. E ser normal. “.


Mas em vez disso, alguém ou “Alguém” lá em cima decidiu trocar-me as voltas e fazer de mim um mosaico.

As pessoas vêem-me como alguém hiperactivo ( que sou, mas não nesse sentido, porque no meu mundo que poucas pessoas conhecem, nada é “nesse” sentido o que me magoa imenso), dispersa - o que não poderia ser de mais errado, pois eu sou mesmo alguém que só sou feliz a fazer 1000 coisas ao mesmo tempo ,que nada têm que ver umas com as outras, e, mesmo assim fazem sentido some how e como hei-de explicar…. o esforço para parecer ser uma ovelha entre ovelhas quando se é um leão ( não no sentido negativo, estão a ver como é ser eu? que cansativo!) no sentido de se ser diferente, com uma capacidade de observação fora do comum ( porque somos “peixes fora de água”) porque quando se é assim , nós sempre nos sentimos assim ( ora bem isto tudo tem um nexo lá no fundo) - a minha Mãe dizia que eu era “Original” sem perceber lá muito bem o que se passava - e claro, os outros sentem, porque os seres humanos são como rádios: estamos em frequências diferentes, que nos repelem, que nos atraem e por aí diante.

Tenho ouvido com tristeza neste últimos anos em que estou mais exposta publicamente, várias teorias sobre mim: de que sou bipolar, já ouvi dizer que sou viciada em cocaína - oh meus amigos agora até me rio - e muitas, muitas outras coisas.

Tomara eu. Porque as trips que eu tenho, não precisam de nada disso.

Desde há muitos anos. São de  ''combustão espontânea”. E o ” pior”, é que eu olho para cada pessoa que me aponta o dedo com essas acusações e sei o que comeu, consumiu nos últimos dois meses e como vai acabar o seu casamento.

Se é violenta, quais são os seus fetiches, os seus pontos fortes, fracos, os seus maneirismos, se está depressiva, o que pensa - sim. sim.- o que se sente e o pior é que eu sinto isso também, gostando dela ou não o que não me agrada, pois é um terrível pau de dois bicos, pois ainda não sou dotada de um vigoroso estado de santidade perante pessoas que me fizeram mal…

Já me ocorreu, várias vezes, passar na rua por alguém e saber que é X pessoa da conversa do jantar do outro dia.

Depois a parte da morte. O 6º sentido ao qual já não há mais que fugir. O cheiro.

Uns pressentem a Morte de muitas formas, eu, já , creio que da mais rara: o olfacto.

E nisto, tenho (alguma das poucas coisas) que agradecer ao meu Pai, JManes, que assistiu desde os meus 20 e poucos anos desde que a 1a pessoa a , quem infelizmente, isso aconteceu, foi à minha avó Rosa.

Grande ajuda me deu o meu sempre presente querido Manuel Domingos, a entender o que se passava comigo.

Porque depois vinha a pergunta das pessoas a quem confidenciava: como é cheirar a morte? e pior: as doenças, os cancros.

Cheirar a morte, a doença, não tem nada de encantador. E não é preciso estar perto de alguém. Podemos ver alguém na tv e saber simplesmente. “este está a morrer”. diz-se. ou penso. ou sei.

Mas presencialmente, é como cair num poço cheio de àgua parada pesada como chumbo. Tão simples como isso. Por mais que queira, é só isto.

Depois , as doenças. O padrão morte.

Não é nada agradável, estarmos perto de alguém que não sabemos estar doente, mas tem, lembro-me , por ex, uma doença tropical, e só de estar perto dele, passar a vida a correr em direcção à casa de banho com vontade de vomitar ,tal é o cheiro de carne putrefacta.

Depois, Eu não vejo pessoas mortas.

Mas sinto-as.

Sinto , sobretudo, as vivas, os estados de alma.

Sinto, os acidentes plasmados e desato a ficar nauseada, e digo vai morrer alguém aqui, mas afinal já morreu ou vice versa, mas o Tempo - que é tão indefinido lá em cima , tem vindo a afinar-se, nos ” insights”… como queiram, porque nunca quis ser especialista de expressões do que sou, nem porque sou.

E depois, a parte lovely.

A parte que nunca pára de trabalhar. Das pessoas que constantemente me dizem ” nunca ninguém me compreendeu assim”.

Obrigada, que eu sei.

Não é compreensão, é como ter duas almas na minha só, dois corações na minha cabeça , ver uma pessoa à distância , saber e sentir e antever o que ela diz- bem podem culpar o Mercúrio na I em Peixes pela so called ” mediunidade”- mas o que se passa é que eu não paro de trabalhar ( verdadeiramente ), enquanto os outros se vão embora, porreiros da vida, aliviados e eu, fico energeticamente exausta.

*Um episódio giro, foi que em 2011- estava tão cansada da minha cabeça- achava eu que era a parte mental, pq isto é tudo um processo diário de conhecimento e ao mesmo tempo de negação de um dom, porque toda a gente quer ser normal, acreditem, Mesmo!…. – Porque, verdadeiramente quem o tem, não o acha agradável nem lírico, nem bom de dizer ao mundo, nem fácil de gerir.

Os namorados fogem em sprint e as mais próximas pessoas assustam-se , confundem inteligência ou espionagem com um dom tão natural como ter olhos verdes. - adiante, estava tão exausta, porque de noite não há sonhos comuns, nada é comum e já vamos ao resto - que decidi agendar uma lipoaspiração para dormir.

O resultado? - Por isso e por outros motivos é que me interesso tanto pelo estudo de estados de consciência: durante as 4h que estive sob anestesia geral, a única coisa que vi, foram os meus próprios textos, com letras diante da minha cabeça. typing durante quatro horas. Acordei, exausta.

Que depois, como sempre, como em toda boa escrita mediúnica, não pude descansar enquanto não escrevi. Ou como digo, quando fiz o download.

Next: Relatos de OBE’s. OUT of Body Experience. – Tive a minha 1a aos 28 anos.

Sempre gozei com os relatos da Shirley Maclaine muito antes de isto me acontecer. Os cordões dourados, as visões, os xiripitis e bláblá. http://shirleymaclaine.com/

Eu, não tive nada disso. Acordei um dia, voltei a adormecer, comecei a sentir a pulsação e a respiração pesadas , tão pesados, e o corpo tão morto, que senti que já não estava “lá”.

Não vi luzes, cordões, nada. Preferia ter visto. Porque ,andei a passear no escuro, algures num estado profundo não sei por onde- se isso é a Morte, é um relaxamento bestial mas consciente, e dei por mim a tentar entrar no meu corpo.

Só que não conseguia.

Se alguém acha isto fascinante, eu troco de lugar. É terrivelmente assustador.

Cada vez que houve um episódio destes, o Manuel Domingos, desde os meus 20 e tal acompanhou-me.

As OBE’s continuam com mais frequência. Se são mesmo OBE’s, não sei. Porque não vejo cordões como a Shirley e gostava de ver, já agora.

Porque sinto as emoções e os pensamentos de uma pessoa à distância.

Porque está na altura de assumir esta coisa, porque talvez haja outros como eu.

Porque não é agradável.

Porque já conheci um ou dois como eu que também não começaram por se sentir muito abençoados com estes “artefactos” divinos.

E porque vejo tanta, mas tanta gente a fazer cursos de iniciação ao Reiki, viagens astrais, a mexer com coisas que não devem, ou são tão desnecessárias, a pedir dons que se, calhar, era tão melhor estarem inscritos num Banco do Tempo a ajudarem realmente alguém com os dons que já têm - que serão fabulosos e não se dão conta! - como fazerem muffins - estão a ver o drama?

Eu,não sei fazer muffins e era um dom que adorava ter e que alguém, lá fora terá… e estou inscrita!… e não tenho novidades!:(((

Por isso, se eu hoje, ao fim de 20 anos decidi dizer ao mundo que gostava que me ensinassem a fazer muffins e que esse sim, é um dom glorioso em vez do meu, que faz correr supostos namorados em sprints e tenho trips monumentais sem precisar de fármacos, mas tenho essa fama que me deixa tristíssima. Porque não é a vossa vez?

Porque não, avançarem cada um de vós, com o dom que têm?

Se eu deixei de ter vergonha e passei mesmo a ser quem sou?

De qualquer forma, senão souberem fazer muffins, eu saberei logo…;)

Ana

Retirado do Blog EUTENHODUASVIDAS

Lilith

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 16:07

As revelações de Lilith 
por Valdenir Benedetti

(Texto publicado na revista "Astrologia Hoje" e no livro "Manual de Astrologia Essêncial" - Ed. Ground)

"A Lilith (ou Lua Negra) - ponto astronômico correspondente ao grau do apogeu (ponto orbital mais afastado em relação à Terra) da órbita lunar projetado na eclíptica zodiacal - vem despertando uma crescente curiosidade entre os profissionais e estudantes da astrologia. O interesse por esse símbolo e suas eventuais interpretações astrológicas tem relação com os movimentos contemporâneos de libertação feminina, bem como com as propostas de uma maior elaboração psicológica da interação masculino-feminino no indivíduo, com o processo terapêutico. Os estudos que têm sido realizados por diversos astrólogos mostram a pertinência e a coerência entre o ponto onde a Lilith se localiza no mapa natal e a manifestação cada vez mais evidente nas pessoas dos significados desse símbolo.

O modelo de feminino permitido ao ser humano pelo padrão ético judaico-cristão baseia-se no mito de Eva, a mulher feita a partir de um fragmento do "primeiro ego": Adão. Vários textos históricos (entre eles, os relatos da Torah assírio-babilônica e hebraica, a versão jeovística para o Gênesis, o comentário bíblico do Beresit-Rabba e as versões aramaica e hebraica do Alfabeto de Ben Sirá (Séc. VI ou VII)), no entanto, citam com variantes a criação de Lilith, a primeira mulher, feita em igualdade de condições com o primeiro homem e expulsa do Paraíso por tentar fazer valer essa identidade.

Adão e Eva são apenas interpretações simbólicas de leis e princípios arquetípicos, correspondendo Adão ao princípio masculino essencial (yang) e Eva à essência do feminino (yin). Além disso, sob o ponto de vista dos alquimistas, é através da união das polaridades (Sol e Lua, yang-yin) que se obtém o "ouro dos filósofos", ou seja, conquista-se a plenitude, o estado divino no homem. A partir desses pontos de vista, pode-se concluir que talvez seja bastante difícil elaborar nossa plenitude ou individuação baseados em princípios simbólicos aparentemente distorcidos, isto é, o masculino (Adão) e o feminino (Eva) manifestando-se em níveis diferenciados.

Acreditamos que essas distorções na interpretação dos mitos satisfaçam algumas conveniências estruturais de nossa sociedade, particularmente a discutível superioridade do homem sobre a mulher. Mas observado sob um prisma astrológico, esse desnivelamento não existe e sua verdadeira função intrínseca seria manter o ser humano afastado de sua outra metade, seu lado yin (ou inconsciente).

Assim, divididos em duas naturezas que não podem harmonizar-se - pois uma delas está simbolicamente em condição de inferioridade - nos tornamos seres frágeis, parciais, facilmente manipuláveis por qualquer sistema de valores. Estamos muito distantes de nossa natureza divina, de provarmos o fruto proibido da polaridade (traduzida por bem-mal) que nos daria acesso ao princípio simbólico de termos sido feitos à Sua imagem e semelhança.

É evidente que uma "mulher" que representasse a possível igualdade de condições com a natureza masculina teria de ser omitida, ou melhor, transformada no símbolo do mal, do pecado, da perdição (mãe de demônios, súcubos, da tentação, do pecado). Mas não é possível, por mais que se pretenda, enganar os mecanismos restauradores da harmonia divina, os quais a própria mãe natureza se encarrega de manter ativos. É a verdadeira evolução das espécies, promovida pela própria natureza em todos os planos da existência, inclusive no espiritual.

Os conteúdos psíquicos simbolizados pela Lilith são muitas vezes interpretados como a raiz da libido. Outras vezes são percebidos como geradores de poderes paranormais, inclinação para a bruxaria, mediunidade, etc. De qualquer forma, tudo o que se diga sobre a Lilith pode ser tão falso quanto verdadeiro, pois não passa de conjeturas - mesmo que baseadas em observação empírica - sobre uma potencialidade simbólica e ainda inconsciente.

Partindo de diversos estudos realizados - particularmente por astrólogos franceses e, no Brasil, pelo professor Zeferino Pina Costa, astrólogo conhecido pela seriedade e profundidade de suas pesquisas - além da contribuição de observações, palpites, opiniões e intuições de diversos astrólogos e estudantes que se interessam pelo tema, tentaremos compor um painel inicial das possibilidades interpretativas desse símbolo no mapa astrológico.

As observações que se fizerem a respeito da Lilith no próprio horóscopo devem necessariamente levar em consideração todas as outras configurações planetárias. É importante não tratar com leviandade elementos simbólicos de conteúdos psíquicos profundos, procurando, dentro do possível, traduzi-los e compreendê-los dentro da dinâmica existencial representada pela totalidade do mapa natal.

De acordo com as diversas fontes citadas, a Lilith poderia corresponder na carta astrológica aos seguintes elementos:

1) Ponto de frustração - A Casa ou signo onde ela se encontra corresponderia à área de experiência (Casa) ou qualidade arquetípica (signo) em relação às quais o indivíduo viveria com um sentimento inexplicável e constante de expectativa e insatisfação, mesmo que a experiência simbolizada por aquela Casa ou signo esteja sendo realizada satisfatoriamente.

2) Fator de inversão - As experiências representadas pelo signo ou Casa poderiam acontecer de maneira inversa ao esperado, reforçando a frustração e a insatisfação quanto àquela experiência.

3) Canal de contato com outras dimensões - Diferentemente de Netuno, que representa o canal de acesso ao inconsciente coletivo, a Lilith representaria um ponto de acesso ao "inconsciente do inconsciente coletivo". Pode simbolizar também qualidades mediúnicas poderosas.

4) Mecanismo de evasão ou recepção de energia vital - Pela manifestação da Lilith através da configuração astrológica da qual participa (Casa, signo, aspectos, etc.) o indivíduo pode liberar sem intenção grande quantidade de energia vital, esvaindo-se, muitas vezes, completamente. Da mesma forma, ele pode absorver essa mesma vitalidade de outras pessoas.

5) Ponto de acumulação das energias não utilizadas - A experiência existencial e os princípios astrológicos dizem que a natureza sempre oferece oportunidades e ferramentas para que o indivíduo se realize e cumpra seu projeto. Quando ele não aproveita essas oportunidades por qualquer motivo, a energia disponível e não usada se transforma em uma espécie de lastro, o qual se incorpora ao sujeito, incomodando e atrasando sua realização. É mais um fator frustrante, é tudo aquilo que deixamos de fazer e que deveríamos ter feito.

6) Conteúdos infantis não elaborados - A Lua representa no mapa natal os conteúdos primários instintivos, inclusive a experiência existencial da infância. A Lua Negra representaria as experiências infantis não vividas, possibilitando manifestações e reações bastante infantis na área onde ela se encontra - geralmente de forma compulsiva e exagerada.

7) Ponto de carisma - As configurações das quais a Lilith participa no mapa são muitas vezes caracterizadas por um forte magnetismo ou carisma, especialmente quando o indivíduo atua harmonicamente nas questões envolvidas. Talvez esse fenômeno esteja relacionado com um tipo de acesso à libido.

Existem inúmeras outras conjeturas relativas ao papel astrológico da Lilith, mas as citadas anteriormente são as mais facilmente observáveis no cotidiano de cada um de nós. São meros pontos de partida para um estudo mais aprofundado, para novas descobertas. A questão está aberta a quem estiver disposto a encará-la.

Referências ao modelo cármico, também atribuídas à Lilith por alguns estudiosos, exigiriam um trabalho mais extenso e especializado, além de serem pouco funcionais, estacionando na maioria das vezes no campo da especulação metafísica.

Damos a seguir algumas sugestões de interpretação desse símbolo em termos de signo e casa (a posição por casa é, em geral, mais facilmente observável).

Áries ou na Casa I - Pessoa em geral brilhante e carismática. Comportamento excêntrico, sem grande compromisso com regras ou padrões morais e sociais. Necessidade compulsiva de conquistar. Reação infantil saliente diante de desejos não realizados. Sentimento freqüente de insatisfação consigo mesmo, com a própria vida, o que pode levar o indivíduo a lutar muito para superar essa sensação e, geralmente, a conquistar posições relevantes em seu grupo social. Tende a reagir agressiva ou obsessivamente diante da eventual necessidade de assumir papéis paternos.

Touro ou na Casa II - As questões de valor são tratadas com relativa obsessão. Independentemente de estar em boa situação financeira, por exemplo, o indivíduo age como se precisasse de mais, muito mais. Está tão insatisfeito com o que possui, que muitas vezes não percebe seus próprios talentos ou qualidades notáveis. Quer o que não tem e tem o que não quer. Acumula coisas em excesso e se desfaz delas compulsivamente, renegando-as, de certa forma.

Gêmeos ou na Casa III - Avidez insaciável por conhecimento e informação (pode, por outro lado, rejeitar as informações, não lendo jornais, por exemplo). Eloqüência e agilidade mental. Tendência a falar sobre coisas acerca das quais preferiria ter-se calado, a iniciar cursos que não pretende concluir e a adquirir livros que não pretende ler.

Caranguejo ou na Casa IV - Tendência a viver insatisfeito com a família, com a história pessoal, a educação e a formação que recebeu. É geralmente rigoroso e exigente no processo de formação de um lar, mas acaba concretizando algo que não corresponde às suas expectativas. Muitas vezes vive de casa em casa, de convivência em convivência, tentando realizar algum ideal oculto de vida familiar. Inclina-se a atribuir muitas de suas frustrações e derrotas circunstanciais aos seus pais ou familiares. Vida interior bastante intensa, com relativa facilidade de acesso à sua realidade mais profunda. Devoção apaixonada pelas crianças, acompanhada de impaciência e dificuldade em aceitá-las como realmente são.

Leão ou na Casa V - Pode manifestar-se sob forma de dramaticidade ou necessidade compulsiva de impor sua vontade sobre os demais. Pode também corresponder a uma grande dificuldade em sentir-se identificado com o que realmente é. Notável criatividade física e mental, acompanhada por um sentimento de insatisfação, o que faz com que o indivíduo se empenhe mais e mais em atividades criativas (ou em fazer filhos, simplesmente). Possibilidade de bloqueios nos mecanismos de prazer, desencadeando uma busca exaustiva ou então uma fuga de qualquer situação representativa da sensação de prazer.

Virgem ou na Casa VI - A questão atingida é o trabalho e o método. Insatisfação com sua atividade cotidiana, mesmo quando essa lhe for adequada. Comportamento evasivo ou infantil no ambiente de trabalho. Geralmente muito preocupado com a saúde, procurando todo tipo de terapia ou tratamento de que ouve falar, mesmo sabendo que não precisa (- é só precaução - afirma). Rigor lógico e formal em suas atividades. É comum não gostar daquilo que faz e não fazer aquilo que gosta.

Libra ou na Casa VII - É possível uma tendência a projetar suas frustrações e insatisfações nos associados em geral. Em uma relação afetiva, por exemplo, pode acontecer de, cada vez que o companheiro exibir sua satisfação e bem-estar, o indivíduo dar um jeito de bloquear e frustrar a alegria do outro. Pode desejar alguém inatingível, mas, se esse alguém tornar-se possível, descobrirá que não era bem isso que desejava. São pessoas que exigem muita paciência e compreensão de quem convive com elas. São suscetíveis, magoam-se facilmente e fazem questão de demonstrá-lo. Também podem ser infantis no seu convívio. Possuem fascínio pelo lado oculto das coisas, o que pode conduzi-las ao estudo das ciências herméticas ou a relacionamentos com místicos, mágicos, gurus e até mesmo charlatães.

Escorpião ou na Casa VIII - Confere uma atração excepcional pelo ocultismo, particularmente pela magia, xamanismo, feitiçaria, enfim, pelas práticas, que se relacionam com mecanismos de poder ou de acesso a outros planos da existência. A pessoa tem uma razoável disponibilidade de poderes curativos e regeneradores. Insatisfação com a condição material em que vive, com inclinação a tornar-se financeiramente dependente do companheiro. A necessidade de algum tipo de poder pode ser obsessiva e causar um comportamento tirânico ou até mesmo cruel com relação ao parceiro. Provável fascínio ou temor pela idéia da morte, física ou simbólica, o que pode levá-la a procurar conhecê-la pelo estudo da medicina ou do espiritismo.

Sagitário ou na Casa IX - As eventuais dificuldades sugeridas pela presença da Lilith nessa área referem-se principalmente às viagens ao Exterior e aos estudos superiores, sendo até mesmo possível que o indivíduo veja frustradas suas expectativas de fazer uma grande viagem ou concluir um curso universitário. Mas o conhecimento obtido por caminhos informais é freqüente e as viagens incomuns (astrais, por efeito de drogas, etc.) podem compensar seu ideal de expansão. Existe uma forte inclinação para a busca filosófica sem fim. Por outro lado, essa posição da Lilith favorece o acesso a um significativo conhecimento das misteriosas leis que regem a vida, a natureza.

Capricórnio ou na Casa X - Se, por um lado, pode haver uma expectativa frustrada de prestígio e status social, por outro, o indivíduo tende a empenhar-se com o maior afinco para realizar esse tipo de ideal. É comum essa posição da Lilith determinar uma disposição para sustentar uma imagem muito elaborada para o mundo e outra completamente diferente na intimidade. Uma grande quantidade de energia é investida na manutenção dessas duas personalidades. Essas pessoas tendem a ser pais ou mães possessivos e controladores, mesmo que ajam com delicadeza e muito boas intenções. Não permitem intromissão em suas relações íntimas ou familiares (um mundo secreto) - em alguns casos por se envergonharem de seu passado ou de seu presente familiar.

Aquário ou na Casa XI - Esses indivíduos tendem a mudar de grupo social com bastante freqüência. Sentem-se incompreendidos ou magoados por qualquer contrariedade advinda de seus amigos. São em geral críticos cáusticos dos mecanismos sociais de seu tempo. Preferem elaborar e alimentar a esperança de reequilibrar a sociedade a partir de um modelo pessoal. Podem ser idealistas românticos ou até mesmo rebeldes sem causa. Possuem grande perspicácia política e são compelidos interiormente a agir em benefício de seus semelhantes. Muitas vezes acabam mais atrapalhando do que melhorando a situação, pois podem apoiar-se em alguma inadequação interior ao interferir em algum processo. A amizade das crianças merece a sua mais verdadeira confiança, coisa difícil de acontecer com os adultos.

Peixes ou na Casa XII - Buscam o mágico e o místico em todas as coisas e nunca estão satisfeitos com suas conquistas no plano espiritual. Alguns indivíduos com a Lilith nessa posição negam e renegam qualquer realidade mística, comportando-se de maneira obsessivamente racionalista. Alguns possuem inclinação hipocondríaca. São em geral bastante talentosos. O medo de expor-se e de ferir-se, ou uma forte inclinação para fazer-se de vítima, poderá levá-los a perder grandes oportunidades de realizar seus sonhos."

Valdenir Benedetti

Capricórnio - Astrologia

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in | Posted on 09:50

Todos nós temos, escrevendo astrologicamente, um Capricórnio algures no nosso mapa. Podemos tê-lo no ascendente, ou,  ser nosso signo solar; ou, tê-lo em alguma das casas com ou sem planetas. Contudo, para sabermos como é que Capricórnio funciona em nós e trabalha na casa onde está colocado, precisamos de saber as suas características.
É isso, que irei colocar aqui, Quem é Capricórnio, o que ele faz por nós. Para expor isto, irei basear-me em textos de astrólogos.

Resta-me dizer que, um Capricórnio numa casa 3, é diferente de um na casa 12, ou, 9. O signo terá de ser estudado em função das qualidades da casa, porque serão ai que as características de Capricórnio irão se expressar, tanto na sua qualidade boa ou menos boa... e também em função dos planetas que regem a casa e Capricórnio. Uma Vénus em Capricórnio, terá qualidades capricornianas, por exemplo.
NSEEAO


A PERSONALIDADE DE CAPRICÓRNIO


Ambicioso, persistente e auto-controlado, o capricorniano tem tendência a isolar-se do resto do mundo, criando no seu interior um cenário de regras rígidas e de valores que ele julga imprescindíveis.
 
O capricorniano é decididamente o oposto daquilo que se entende por uma pessoa instintiva e impulsiva. Nele, impulsividade e instinto são aspectos que estão sob controle, enquanto se acentuam traços como a calma, a seriedade e a objectividade. Consequentemente, o nativo de Capricórnio é “introvertido”, ou seja, é um tipo de pessoa que opõe certa resistência quando entra em confronto com o mundo, mantendo à distância pessoas e situações que exijam muito envolvimento.
No plano consciente, não dá muito valor às aparências e jamais se deixa dominar pelas emoções. Por isso, a emotividade pode faltar na sua personalidade ou, caso apareça de alguma maneira, ela sempre será contida ou mesmo reprimida.
O capricorniano tende a ser tímido, tem medo de se envolver afetivamente e não gosta de situações que escapem ao seu domínio. Para ele, a regra básica é o auto-controle. Por isso, consegue se tornar imune aos estímulos emocionais provenientes do mundo exterior, mantendo-se afastado 'e controlando todas as situações que a ele se apresentam. Porém, como o inconsciente tende naturalmente para a compensação, a emotividade fica represada sem chegar ao nível da consciência, criando as tensões características do capricorniano. E os seus fantasmas são, no essencial, aqueles determinados pelo medo do relacionamento com as pessoas, porque, na sua intimidade, ele é atormentado justamente por aquilo que parece desprezar com seu comportamento frio e distante.
Por meio deste mecanismo, as pessoas e os objectos assumem um significado mágico, fortemente emocional e desproporcionado, pois a percepção é tão interiorizada que assume uma grande força inconsciente. Este processo é chamado pelo psicólogo Carl C. Jung de "angústia do objecto", porque, segundo esta teoria psicanalítica, aos olhos do indivíduo (neste caso o capricorniano), as pessoas e os objectos têm qualidades poderosas e inquietantes, de tal forma que ele não consegue estabelecer uma relação directa com a pessoa ou o objecto do seu interesse. Em consequência, o indivíduo acaba por estabelecer no seu inconsciente uma ligação muito forte e de carácter infantil.
Desta maneira, para o capricorniano, a relação com o mundo é do tipo primitivo, porque é determinada pela simbologia das coisas. Os objectos estranhos e novos provocam medo e desconfiança, como se escondessem perigos insuspeitos; toda e qualquer mudança é tida como desagradável e até mesmo perigosa, pois é vista como sinal de um poder mágico do objecto. As variações e alternâncias do mundo podem, portanto, tornar a vida algo extremamente ameaçador aos olhos do capricorniano, que prefere manter-se fiel a princípios rígidos e indiscutíveis, tais como a tradição ou a experiência já adquirida. Em relação aos seus entes queridos, quanto mais frio o capricorniano se mostra em aparência, mais forte é o sentimento guardado dentro de si. Porém, por ser interiorizado e primitivo, este sentimento tende a fortalecer-se e a durar muito tempo.
A inclinação dos nativos de Capricórnio à depressão e melancolia deve-se a Saturno, seu planeta regente. Este, o planeta mais "sério" de todo o Zodíaco, provoca nos capricornianos um comportamento céptico em relação às aparências e aos sonhos da vida. O nativo deste signo, além de ser uma pessoa fria, é extremamente exigente e severo em relação a si mesmo e aos outros: ele não dá a menor importância às aparências e vai directo ao cerne e ao significado das coisas. Por isso, costuma ser muito selectivo, escolhe e classifica, para depois reordenar tudo de acordo com o seu sistema, feito apenas de coisas que ele considera importantes. Mas se o capricorniano não se preocupa com as aparências e não é superficial deve-se principalmente à sua necessidade de segurança. E, para ele, estar seguro significa estabelecer pontos de referência estáveis, como, por exemplo, um projecto de vida que ele seguramente, seguirá à risca.
Para compensar a sua falta de alegria, o capricorniano costuma ser ambicioso, ou melhor, costuma buscar a auto-afirmação. E as suas características básicas são a força de vontade, a persistência para atingir o autodomínio e para conseguir controlar as pessoas e as coisas.Ele tem grandes chances de alcançar uma posição social elevada e de manter seu prestígio, porque sempre se propõe a dominar os acontecimentos, sem se deixar levar pelas emoções que o poderiam desviar do objectivo fixado. Em compensação, tem uma visão realista de seus limites e das suas possibilidades, o que o ajuda a atingir a sua meta: a sua lucidez permite-lhe "prever" as manobras e as etapas de sua própria ascensão. Pessimista nato, o capricorniano está sempre pronto para o pior, o que o torna capaz de lutar mesmo nas circunstâncias mais adversas.
Os obstáculos, em vez de o desencorajar, parecem fortalecê-lo, e a sua persistência faz com que consiga suportar e superar as situações mais desfavoráveis. É, na verdade, um lutador, pois Marte está em exaltação em Capricórnio. Porém, neste signo, a força marciana perde a passionalidade e torna-se sólida e dura como pedra. A ambição, nos tipos inferiores, pode ser material, principalmente se estiver baseada no desejo de obter prestígio a qualquer preço e na construção de uma "máscara" social. No tipo superior, a ambição pode estar djrigida para conquistas de cunho espiritual, embora até isto possa torná-lo incrivelmente duro e rígido. Devido a essas características, a palavra-chave de Capricórnio é actividade. Por isso, o nativo deste signo deve lembrar-se de um provérbio oriental que diz: "Mate a ambição... mas trabalhe com aqueles que são ambiciosos". Na verdade, o que falta ao capricorniano é confiança, capacidade de deixar as coisas correrem.
Quanto mais se fecha mais duro fica, e torna-se selectivo demais em relação às pessoas, apenas prestando atenção àquelas que estão dentro de seu campo de acção. 0 nativo de Capricórnio tem forte tendência a isolar-se do resto da humanidade. Algumas vezes por escolha, outras por medo e desconfiança, o resultado é, frequentemente, acabar por escolher a solidão como a melhor saída para a sua vida. Por isso, as neuroses mais frequentes nos nativos deste signo são as crises maníaco-depressivas que, sob a influência de Saturno, símbolo do tempo, tornam-se cíclicas. Todos os signos de Terra estão ligados às sensações provenientes da matéria e do corpo físico. Daí uma possessividade e um apego que, se no taurino se traduz na busca de afecto e erotismo, no capricorniano transforma-se em ambição e desejo de poder.
O nativo de Capricórnio não é exactamente dotado de senso de humor, pois leva tudo muito a sério. Como um dos mitos simbólicos que o representam, o de Sísifo, condenado a carregar eternamente a mesma pedra até o topo da montanha, ele está marcado pelo sofrimento e pela auto-ironia. Porém, é justamente esta auto-ironia que pode aliviar o sofrimento do capricorniano, porque por meio dela ele pode superar-se a si mesmo. Simbolicamente, este tipo de personalidade, "palhaço", é "terra e ar", na medida em que transforma a melancolia e a tristeza profunda (Terra) por meio do humor (Ar), ultrapassando assim os limites de sua própria natureza.

Texto via  Link




Manuel Maria Carrilho/Barbara Guimarâes

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 07:45

Carrilho um Monstro: Misógino, sem poder para continuar a dominar a mulher, destrói a imagem da mulher publica como fez psicologicamente com a mulher frágil e insegura... r.l.p


Perguntas abertas a Manuel Maria Carrilho

por FERREIRA FERNANDES



Se me mandassem entrevistar Manuel Maria Carrilho eu ia. O escândalo agora protagonizado por Carrilho é assunto para ser falado. Mais: deve ser falado. Há é que perceber qual é o assunto, qual o escândalo. Eu julgo saber qual é, tenho lido, tenho visto as televisões. Então, eu chegava a Carrilho e perguntava-lhe o que se segue. Como é que o senhor explica dizer aos jornais que a sua mulher toma cinquenta comprimidos de medicamentos? E dizer, sempre a jornais e sem autorização dela, que ela se encheu de silicone? Que, aos 40 anos, ela queria competir com meninas de 18? Que ela cai de bêbeda? Que ela se mete na cozinha com o pai - a quem o senhor chama de alcoólico - e bebem seis garrafas? Que a mãe dela "é muito fraca e não tem estrutura psíquica"? E como se permite o senhor sugerir, de forma ligeira, que o padrasto a tentava violar? O senhor é ou não responsável (embora não único, neste caso) por uma jornalista ter lançado ontem à sua mulher e na presença do vosso filho de 9 atentos anos: "O seu marido diz que o seu padrasto a tentava violar..."? Essas eram algumas perguntas que eu poria a Carrilho. Todas elas saídas do espanto: como é possível?! O divórcio deles não me interessa, está em marcha e ponto. Agora, aquelas palavras ditas a jornais por Carrilho (não o que elas dizem, mas terem sido ditas) são o escândalo. À jornalista atrás referida, a voz quebrou-se a meio, de vergonha. A voz de Carrilho vai continuar sem ela?

in dn.pt



 Foi nas redes sociais que a ex-mulher de Carrilho veio defender a apresentadora nesta batalha entre o casal.


Na guerra aberta que se tornou a separação entre Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho, Maria Joana Morais Varela – que foi casada com o ex-ministro – entrou para defender a apresentadora.

Foi no Facebook que Joana Varela veio prestar todo o apoio a Bárbara, com a seguinte afirmação:”Fizeste-lhe o que ele me fez: ficaste-lhe com o filho e com a casa (a vingança é um prato que se serve frio)."

Recorde-se que Joana e Manuel Maria têm um filho em comum, José Maria Varela Carrilho.

A ex-mulher de Carrilho acrescentou ainda que ele está a mentir e, uma vez que não conhece Bárbara Guimarães, lança um apelo e um testemunho: “Se daqui alguém conhece a Bárbara Guimarães (eu não conheço), digam-lhe que eu testemunho a verdade dela”.




 ESTE HOMEM SEM CARÁCTER, MISÓGINO E NARCISISTA,  QUERIA SER PRIMEIRO MINISTRO...

"O total desrespeito pela protecção dos filhos menores idem. Carrilho conseguiu nestes últimos dias mostrar-nos como é possível que um exemplar que sonhou um dia ser primeiro-ministro de Portugal – no mínimo, candidatou-se a presidente da Câmara de Lisboa, em que nos presenteou com uma campanha patética com uma ampla utilização da mulher e da criança – pode estar ao nível de um criminoso alcoólico desempregado e analfabeto a viver numa barraca de zinco."

"A violência domestica, caros cidadãos e cidadãs. nem sequer, pela sua trágica dimensão, é um problema domestico de casal, e trazê-la a lume não é lavar roupa suja. É denunciar um CRIME PÚBLICO que todos os anos leva para a cova muitos milhares de mulheres no mundo inteiro. Denunciá-lo é sinal de coragem, desassombro e civismo." M.G.


"A separação mais mediática do ano, por motivos de alegada violência física e psicológica exercida pelo homem da casa sobre a sua consorte, ao que o dito contrapõe com acusações de alcoolismo e outras, tem sido comentada nas redes de uma forma aterradora. Em primeiro lugar, pela violência exercida contra a língua portuguesa de que os comentadores e comentadoras dão abundante testemunho. Depois, pelo preconceito terrível e a indisfarçável inveja, que enforma grande parte dos comentários quase todos a apelar ao «silêncio» da suposta vítima, a que já uma outra se lhe segue na pessoa da primeira esposa que rompe um silencio de muitos anos.
Eu não sei o que há de verdade ou de fantasia nestas acusações. A procissão vai no adro. O que sei é que silêncio, que tantos apregoam como virtude, é o pior inimigo das vitimas, sejam elas quais forem e seja qual for o seu escalão social. Em nome do silencio, prerrogativas de género, de estatuto, social e etário, têm sido mantidas ao longo dos séculos. A propósito até de crianças agora adultas que vieram, e cada vez são mais, acusar padres de terem abusado delas no desemparo das suas infâncias desamparadas, veio até um sacerdote com grandes responsabilidades invocar a «culpa» das vítimas, que por serem «frágeis» e «carentes» constituam motivo de tentação e ocasião de pecado para uns quantos homens de deus.
No fundo, é tudo farinha do mesmo saco. Se uma mulher, por acaso até linda que se farta, socialmente bem sucedida, vem por cobro a um casamento e invoca violência domestica, o que emerge nos comentários às notícias, é um estendal de frases mal construídas cheias de pontapés na gramática e erros de ortografia, e, pior ainda, eivadas de inveja e despeito. «Querias ser famosa? Come e cala?!, etc. etc., Ora eu penso que se alguém tem a coragem e o desassombro de trazer o seu drama doméstico para a praça publica, vai constituir mais um sinal de alerta para agressores e de apoio a vitimas silenciosas. A ser verdade o que ela alega, Barbara Guimarães agiu muito bem e era muito bom que mais mulheres com autonomia financeira e no escalão social em que ela se encontra pudessem e tivessem a coragem de fazer o mesmo. Porque a violência domestica não mora só nas barracas e nos subúrbios.
A violência domestica, caros cidadãos e cidadãs. nem sequer, pela sua trágica dimensão, é um problema domestico de casal, e trazê-la a lume não é lavar roupa suja. É denunciar um CRIME PÚBLICO que todos os anos leva para a cova muitos milhares de mulheres no mundo inteiro. Denunciá-lo é sinal de coragem, desassombro e civismo.

Manuela Gonzaga


UM HOMEM SEM CARÁCTER QUE FOI MINISTRO DA CULTURA...

"A prova da existência de uma doença mental grave pode ser atenuante de Carrilho
Não foram precisos os últimos acontecimentos para que muitos já tivessem concluído que Manuel Maria Carrilho é uma personagem asquerosa. A miséria de Carrilho está profundamente documentada na pequena história lisboeta – e se boa parte dela não vem a público é pela necessidade de ser protegida a dignidade de terceiras pessoas.
O que os últimos acontecimentos e as sucessivas entrevistas de Carrilho sobre a ex-mulher e respectiva família revelam é que é sempre possível descer às profundezas da miséria e do ultraje. Talvez Ferreira Fernandes já tenha escrito tudo o que havia a escrever na sua crónica no DN: falta perguntar a Carrilho como é possível que um ser humano que não sofra de uma doença mental grave (é evidente que, a confirmar-se, isto será uma atenuante em sede judicial) pode dar, compulsivamente, todas aquelas entrevistas destilando tudo o que existe de mais sórdido contra a mãe dos seus filhos e o resto da família.
A falta de carácter não é uma doença mental, mas uma doença mental grave pode conduzir à falta de carácter. Ao longo destes anos todos, a interrogação sobre se Carrilho sofreria de uma doença mental grave que o conduziria a variadas faltas de carácter subsistiu. Neste momento, só a explicação clínica pode justificar a baixeza das declarações sobre a ex-mulher, enquanto pelos vistos se reunia com personagens do PS (incluindo o líder, António José Seguro) para os pôr a par do processo de divórcio. Imagino o pânico desses dirigentes do PS à medida que as declarações de Carrilho iam aumentando de tom.
As estatísticas provam que a violência doméstica é um crime que não se restringe às barracas. A difamação torpe também não. A falta de escrúpulos muito menos. O total desrespeito pela protecção dos filhos menores idem. Carrilho conseguiu nestes últimos dias mostrar-nos como é possível que um exemplar que sonhou um dia ser primeiro-ministro de Portugal – no mínimo, candidatou-se a presidente da Câmara de Lisboa, em que nos presenteou com uma campanha patética com uma ampla utilização da mulher e da criança – pode estar ao nível de um criminoso alcoólico desempregado e analfabeto a viver numa barraca de zinco. Os tribunais estão cheios de processos de divórcio asquerosos, de lutas por tutelas de crianças em que o superior interesse delas é posto de lado em nome do controlo dos bens. Inusitado, para alguns, é o protagonista ser o outrora glamoroso ministro da Cultura com aspirações a uma carreira política."
Ana Sá Lopes


UM COBARDE QUE BATE NAS MULHERES

“A primeira vez [que foi agredida] tinha 25 anos. Bateu-me durante um dia inteiro”, lembra Joana Varela. A razão desta alegada agressão: “Eu percebi que ele tinha um caso e um dia pus-me a beber bagaço até cair para o lado. E pensei que isto só terminaria se também fosse para a cama com alguém. E fui. No dia seguinte disse-lhe ‘estamos quites’”.
Manuel Maria Carrilho – que agora enfrenta acusações de violência doméstica, que segundo Bárbara Guimarães estão na origem desta separação – reagiu mal à traição de Joana e espancou-a “durante o dia todo”, com “imensos pontapés” e com “uma faca encostada ao pescoço”.
O filho do casal estaria a assistir a tudo, na cozinha, escondido, segundo relata Joana Varela. O último episódio na relação de violência foi uma agressão “de faca em riste”, que imputa a Manuel Maria Carrilho. Nesse dia, Joana decidiu abdicar pôr termo ao casamento. “Fez-me sentir abaixo de cão”, lembra.
Joana Varela ter-se-á disponibilizado para testemunhar a favor de Bárbara Guimarães, relatando a sua história, para reforçar a versão da apresentadora de televisão. Agora com 62 anos, reformada, a ex-mulher de Carrilho acredita que Bárbara está a viver o mesmo pesadelo que marca o seu passado.
Apelida Carrilho de “pessoa violenta”, sem respeito pela “dignidade do outro”. Acusada por diversas vezes de ser bipolar, Joana Varela devolve a crítica, nesta entrevista ao DN: “Ele é que sofre de uma perturbação muito grave”.
No entanto, o antigo ministro da Cultura desmente as acusações. Apelida-a de “louca” e usa o argumento de a ex-mulher ter estado “várias vezes internada em hospitais”.
Joana Varela já tinha usado o Facebook para enviar uma mensagem de solidariedade a Bárbara Guimarães, afirmando que o presente de Bárbara coincidia com o seu passado.
A apresentadora, porém, mantém-se em silêncio, de acordo com o que prometeu no único comunicado que emitiu. Nessa nota, fez saber que irá proteger os filhos, evitando alimentar polémicas públicas, confirmando que avançou com um processo de divórcio litigioso, por violência doméstica alegadamente praticada por Manuel Maria Carrilho.(...)in  nova gente

Crônicas da Surdez

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 12:58

O Blog da Paula Pfeifer, cujo titulo é, Crónicas da Surdez. E um blog bastante lúcido, informativo acerca desta temática que é ser Portador de Surdez a vários níveis, como Ser Surdo na sua Totalidade. Ela mesma portadora de surdez neurossensorial bilateral e progressiva, que acabou de receber um Implante Coclear.

Para quem este site é feito e quem é bem-vindo por aqui


O Crônicas da Surdez é feito por uma surda oralizada para outros surdos oralizados. Quem é bem-vindo aqui? Todo mundo. Todo mundo que quer compartilhar suas experiências de vida que tenham a ver com deficiência auditiva, oralização, uso de aparelhos auditivos e de implantes cocleares. Todo mundo que quer conhecer as nossas experiências – porém, sem vir apontar o dedão citando a sua verdade como verdade universal. Em três anos de blog, posso dizer que já enjoei de ter que ler todos os dias emails e comentários desagradáveis com pérolas de sabedoria de boteco tipo essas…

    Ser oralizado é fugir da realidade
    Oralizados se odeiam e são deprimidos
    Oralizados têm vergonha de si mesmos e querem se ‘normalizar’
    Oralizados não sabem porcaria nenhuma sobre cultura surda, comunidade surda, movimento surdo
    Surdos oralizados nem surdos são, são deficientes auditivos que não se aceitam
    Oralizados não sabem o que é ser surdo
    Se aceite, aprenda Libras e venha para a comunidade surda ser feliz
    Bebês que nascem surdos devem continuar surdos porque Deus quis assim
    Implante coclear é coisa do demônio
    Não ao implante coclear pois ele pode acabar com a Libras

** O mais engraçado é que 99% desses comentários não são feitos por surdos sinalizados.




Quero essa energia ruim longe daqui! Vou continuar até o fim dos meus dias mostrando pro mundo que os surdos oralizados existem, que existe diversidade na surdez, que existe tecnologia e a opção de voltar a ouvir para a maioria dos casos de D.A., que nossas necessidades de acessibilidade são diferentes e que existem milhares de pessoas que todos os dias transitam pelos dois mundos: o do som e o do silêncio.

Simples, né? Estou interessada em energia boa, em gente do bem e em tranquilidade.

Busco informar tanto aqui quanto na FanPage do Crônicas tudo o que descubro sobre tecnologia, legislação, acessibilidade, etc. É um trabalho feito com carinho para quem está em busca de si mesmo após descobrir a sua deficiência auditiva. Sigo em frente, mas a partir de agora todo comentário ofensivo será prontamente deletado. Como dizem aqui no Rio Grande do Sul, ‘tá feito o carreto’! :) 

Links de acesso, ver acima em Crónicas da Surdez, escrito pela paula Pfeifer

Viram comerciantes de si mesmos

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 17:41

'' Hoje cedo sentei-me frente ao fascinante espelho do mundo que trago no peito, e fiquei fazendo algumas reflexões. Vi que vocês têm nas mãos um produto chamado Vida, um verdadeiro tesouro — e não sabem bem o que fazer com ele. Então saem desesperados querendo vendê-lo a todo custo, por qualquer preço, nesse mercado esquisito em que se expõem. Desgraçam-se. Viram comerciantes de si mesmos. Exploram-se. Bêbados de uma espécie triste de álcool, dilaceram seu próprio presente com voracidade absurda de piranha faminta. Despedaçam-se. Consomem-se. E acabam desperdiçando, um a um, todos os instantes mais gloriosos que a Vida tem. Até quando?. Edson Marques - MUDE  ''

Textos mais visitados ou lidos deste blog

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 12:22



Alguns dos Textos mais lidos deste Blog









Poemas Massivos

Clitóris e a negação do desejo feminino

« Parece-me que está na altura de voltar à minha voz, às minhas palavras, à minha poesia. Tenho andado muito longe e ausente.  Por vezes há «raptos da subjectividade». Há muita gente sedenta neste mundo de coisas que nem nos passam pela cabeça, e daí,  existe  e li há pouco tempo uma expressão, «se queres mel, tens de aguentar as abelhas»... e às vezes, ficamos de rastos e vazios quando se encontra abelhas tão vorazes que devoram o mel todo.

Escrever o que a Alma quer, deseja e anseia é um passo para sermos nós no papel...  porque somos pessoas singulares e com talentos e aspirações únicas, podendo ou não se encontrar com pessoas que têm ''ideologias / credos / filosofias / espiritualidades '' comuns. Contudo cada um tem a sua voz, seja ela normal ou louca; erudita ou menos erudita; bem escrita ou mal escrita; com amor no coração ou não. Uma coisa é certa, o Coração é a Alma das Verdades... leia quem goste, e quem não goste nem perca seu tempo para criticar, ou, emitir juízos de valor, e vá ler coisas do seu universo próprio, onde se possa alimentar. 
Não procuro protagonismos. Nunca o procurei. Procurei sempre sensibilidade de coração e simplicidade aliada a humildade nas pessoas. Portanto, quero apenas um lugar para escrever em Liberdade e sossegada, onde posso ser mais ou menos melhor e partir os bloqueios e inibições da e na escrita. 

Escrever sobre Infernos e Céus; sobre alegrias e dores; sobre anjos e demónios; sobre coisas sem sentido; sobre fantasias; sobre sonhos; sobre coisas de nada; sobre amores e desamores; sobre apego e desapego; sobre sofrimento e solidão... enfim, sobre coisas humanas que nos tocam a todos em menor ou maior grau... apenas quero encontrar a minha voz, no meio deste barulho todo e poder apenas ser e sem interferir com ninguém... com o Lema, vive e deixa viver...  Outro Lema: Ajuda ou ensina a viver quem se perdeu pelo caminho, não com as tuas ideologias, mas com a tua simples humanidade, porque de certo, o caminho da pessoa que cruza o teu caminho, pode ser diferente do teu!!!»

Voltei a editar. 
Depois de escrever, li no blog do Mude - Edson Marques isto, e, fiquei a meditar e pensei, não será melhor o papel e a caneta?

'' Hoje cedo sentei-me frente ao fascinante espelho do mundo que trago no peito, e fiquei fazendo algumas reflexões. Vi que vocês têm nas mãos um produto chamado Vida, um verdadeiro tesouro — e não sabem bem o que fazer com ele. Então saem desesperados querendo vendê-lo a todo custo, por qualquer preço, nesse mercado esquisito em que se expõem. Desgraçam-se. Viram comerciantes de si mesmos. Exploram-se. Bêbados de uma espécie triste de álcool, dilaceram seu próprio presente com voracidade absurda de piranha faminta. Despedaçam-se. Consomem-se. E acabam desperdiçando, um a um, todos os instantes mais gloriosos que a Vida tem. Até quando?. Edson Marques - MUDE  ''

Do Silêncio da Mulher e o Seu algoz

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 09:32





"Às vezes penso que a mulher tem muito mais poder através do silêncio. Não digo do silêncio da vítima; do silêncio por não ter capacidade de expressão ou outra que a impossibilita, embora às vezes possa ocorrer. Menciono, aqui, um outro tipo de silêncio que trabalha activamente nos bastidores e direcciona as situações ou os acontecimentos. Isto parece-me paradoxo, no entanto quase que, às vezes, tenho essa leve percepção que a mulher detêm muito mais poder através desse silêncio que ainda não foi consciencializado. Muitas o têm, mas negam-lhe essa verdade. Não a suportam.  

A  mulher, inspira medo devido ao seu poder de olhar qual lente macro para determinada coisa, enquanto que,  o homem, inspira medo devido ao seu carácter, o de posse sobre as coisas. Mulher que se dá e entrega, o homem terá que a aceitar, caso contrário, lhe vampirizará a força interna em beneficio de si mesmo. 
Vejamos as situações em que mulheres com carisma, quando se casaram viraram sombra de si mesmas, enquanto eles se tornaram homens de força e cujo charme pessoal aumentou.. na verdade quase tudo neles cresceu. Libertaram-se, sem permitir que as mulheres também se libertassem!!!"


Texto Antigo Revisado

NãoSouEuéaOutra in ''A Mulher não  vive só da palavra''

(source - image )


O Alambique Gigante

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 09:15


Cadernos Avulsos
» histórias anónimas de pessoas anónimas «

Uma memória incrível, da minha primeira infância, convidou-me a viajar até ao passado. Na casa dos meus desencarnados avós, existia uma adega, um lagar, uma destilaria. Uma das especialidades, era a aguardente de medronho. Gostava de comer os medronhos já amadurecidos, vermelhos vermelhíssimos. Eles se desfaziam na boca, e podia sentir aquela pele verrugosa. Semelhantes às cerejas na sua forma, mas em essência e textura, diametralmente opostas.

Tudo era produzido de forma artesanal. O que mais me fascinava eram os alambiques de cobre, a sua forma. Eram enormes. O fogo contínuo, que às vezes, quando penetrava inadvertidamente naquele espaço, sentia-me dentro de um forno. Acho que é daí que provem a minha paixão, quase emocional com o metal. Questionava-me como se concebera aquela forma do alambique. Tudo aquilo era misterioso, e mais misterioso era a alquimia que se processava...  ver a aguardente a sair do alambique para um barril, era-me surpreendente. 
Como era uma menina criança, e aquela tradição estava destinada aos homens, pouco conversavam comigo. O comportamento natural e generalizado, portanto contínuo era, o de afastarem-me do lagar, da destilaria, da adega. Uma vez, ouvi um grito por parte de uma tia, que não queria a criança, eu, naquele lugar.  Já que alguma coisa podia ocorrer mal. Também, os vapores durante a cozedura, que se espalhavam pela atomosfera tão íntima e secreta, eram essencialmente alcoólicos ou nocivos às vias respiratórias..  Só que eu, sempre, conseguia penetrar nos domínios onde acontecia a tal alquimia. Observava intensamente, absorvia, fotografava o mais que podia do que via, pela não compreensão lógica do que ocorria e pela negação de me explicarem coisas que diziam não pertencer ao mundo das crianças. Eu não podia mesmo lá entrar. Sei que eles passavam às vezes as noites em claro no processo de destilação, depois do processo de fermentação concluído.

Nas serras pertencentes da minha avó, existia muito medronho. Ele era apanhado em grandes quantidades e depois era trazido para ser fermentado e por fim destilado e transformado nos alambiques em aguardente de medronho. O pior de tudo, era o que ficava depois daquele processo. Um fedor impossível. Era atirado para uma espécie de eira em campo aberto. O meu nariz não suportava aquilo, mas gostava do aromatizado da aguardente de medronho.

O aroma, quando cheirava os copos bem pequeninos, despertavam as papilas gustativas. Queria sempre beber e também porque queria ser grande!!! Como os velhotes eram safados, e não havia mulher por perto,  lá me davam e, tinha que me calar. Nunca peguei uma garrafa, sabe lá deus porquê... e nunca tive tendência ao álcool e muito menos beber e apanhar ''uma''. Mas, naquele tempo, de criancinha gostava de beber no copinho pequenino um pedacinho... acho que estava seduzida pelo tamanho do copo... e depois, bebia, e depois abria a boca o mais que podia, arregalava os olhos e colocava todo o ar para fora fazendo barulho como se fosse um dragão a deitar fogo. Aquilo queimava, e sentia o estômago a arder. Gostava de sentir a ardência...

NãoSouEuéaOutra, in '' Memórias, As Nossas, Tão Humanas''

Tapasya

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , , | Posted on 09:05

Siva, o rei das tapasyas

Swami Krishnapriyananda Saraswati


Om namo bhagavate narayanaya!
Om namo bhagavete vasudevaya!
 Om Namah Sivaya!



É necessário alguém ficar preso a vida toda em uma pessoa, como um guru ou mestre espiritual, prestando serviço devocional, para poder liberar-se? Bhakta

O serviço devocional é Karma-jñana-bhakti, ou seja, é ação consciente da devoção. Não há nenhuma necessidade de formalizar nada além da sua vontade de servir ao Dharma e ao Supremo. Krsna não nos deu ordens para seguir nenhuma instituição nem mesmo religião; Ele simplesmente nos deu o caminho da liberdade do amor pelo Supremo. É claro que uma ciência tão complexa como a da filosofia do Veda não se aprende de um dia para outro, muito menos se realiza tão em repente. O mestre espiritual é quem esclarece as dúvidas do iniciante, aponta o caminho para seguir adiante, mas jamais escraviza o discípulo. O Mestre Espiritual verdadeiro não é um simples negociante, que em troca de alguns trocados dá algum conhecimento, um mantra fajuto, ou coisas do gênero. Por outro lado, convém salientar, que nem todas as traduções dos textos disponíveis do Brasil ou no mundo são fidedignas, quer pela precariedade das interpretações dadas por seguimentos sectários e religiosos, quer pela má tradução e má formação no Sânscrito daquele que interpretou este ou aquele verso. Então, é aconselhado estudar a escrita original dos textos para saber o que realmente está sendo dito. Aprenda-se o Sânscrito, e fique-se livre das interpretações pessoais de pessoas sem cultura védica, sem formação acadêmica, etc. A edição que temos no Brasil de muitos textos como o Bhagavatam, por exemplo, foi mal traduzida, além de ter sido comentada por um autor sem formação em Sânscrito, sendo uma mera cópia apressada da edição da Gita press, além de ser tendenciosa ou conduzir tudo para visão da seita do autor. Há um exemplo muito hilário num blog brasileiro onde o postador coloca o Kalisantarana Upanisad como aconselhando Narada Muni a cantar o Mantra Hare Rama Hare Krsna, descrevendo-O ao contrário, ou seja, iniciando com Hare Krsna e depois Hare Rama. Mas ele colocou o texto em devanagari, a escrita original do Sânscrito, e o mesmo está na forma correta, Hare Rama Hare Krsna. Sendo um sinal bem evidente e claro que não sabe ler o sânscrito. Isso é muito engraçado, e ele coloca-se como se fosse um erudito. Que hilário!

Outro exemplo, o sloka 6.1.16, do Bhagavatam que é referido pelo Bhakta da pergunta, a qual deu início a esta missiva. É temerário o que diz ali, na escrita daquele autor. Por exemplo, a tradução do Bhagavatam do autor citado, diz:

Meu querido rei, se uma pessoa pecaminosa engaja-se num serviço a um bona fide devoto do Senhor, e assim aprende como dedicar a sua vida aos pés de lótus de Krsna, ele pode purificar-se completamente. Alguém não pode se purificar meramente por submeter-se a austeridade, penitência, brahmacharya e outros métodos de expiação que eu descrevi anteriormente”. Será desnecessário colocar aqui a interpretação de palavra por palavra conforme o autor se refere, porque vemos claramente tratar-se de uma interpretação ou leitura através do viés doutrinário do mesmo, e não é nada fiel ao que está escrito no Sânscrito. Ideologia não nos interessa discutir aqui.

O verso que citado está no Bhagavata-purana, 6.1.16 (texto antigo dos ensinamentos de Bhagavam – ou o mestre ou Senhor) é bem claro e objetivo. Apesar de não ser adequado citar-se versos isolados de um texto, o qual refere-se a uma conversa entre dois personagens, e, portanto, o sentido pode ficar fragmentado ou descontextualizo se não for colocado em totum. Para a sabedoria da verdade, a tradução correta do mesmo é a seguinte, conforme o texto sânscrito (podendo ser conferido por qualquer um que leia Sânscrito corretamente, e que esteja livre de visão ideológica ou sectária):

na tatha hy aghavan rajan puyeta tapa-adibhih
yatha krsnarpita-pranas tat-purusa-nisevaya

na= não; tatha= assim; hy= (no sentido de “no passado”); certamente; aghavat= impuro; rajan= rei; puy= fede; pústula; eta= assim; tapah= austeridade; adhibhih= sendo primeiro; yatha= deste modo como segue; krsna= Krsna; arpita= firme; fixo; pranas= banha-se; tat= assim; purusa= a pessoa; ni= com; sevaya= prestando serviço; nisevaya= prestando seva.


Nem o rei número um das tapasias (austeridades) purifica o purusa como o banho firme de Krsna Seva.

O Brahmacharya é considerado o mais elevado tapasya. No Rig Veda, Tapasya é apontado como filho de Manyu (posteriormente chamado Rudra, e depois Siva), e Tapo-Raja (rei por sobre as austeridades), é um nome da Lua. A Lua, na cultura védica, é masculino e não feminino, sendo o rei da mente, e o Brahmacharya, controle dos sentidos, o mais elevado tapasya. Portanto este verso rememora que grandes seres, capazes de austeridades elevadas, conforme a mitologia indiana, se rendem ao Seva, que é o serviço abnegado ao Supremo. Também, antigamente o Yogi era chamado de “tapaswin”, significando “miserável´´; “mendigo”, “pobre”, no sentido de asceta, ou quem praticava alguma austeridade. A atividade de tapasya tem em vista o foco em algum esforço ou manter-se num empreendimento levando algum tipo de austeridade corporal tendo em vista alcançar algum tipo de iluminação ou benesse do tipo espiritual. No sentido amplo, os Niyamas descritos nos textos védicos, e posteriormente colocados por Patañjali nos Yoga Sutras, são autocontroles, nos quais tapasya implica na autodisciplina que tanto significa um aspecto físico como a busca de um elevado propósito na vida. Os tapaswin defende que através de Tapas se pode “queimar” ou então prevenir acúmulo de karma ou energias negativas acumuladas, limpando o caminho que leva na direção da “evolução” da consciência espiritual.

No mais das vezes, as traduções que temos no Ocidente dos textos védicos estão impregnadas do “ethos” ou forma de pensar Ocidental. Por exemplo, inexiste a noção ou significado de “pecado” no Sanatana dharma, e quando aparece esta palavra nos textos védicos ela é totalmente equivocada. A palavra “papa”, quase sempre é traduzida como “pecado”, mas o sentido correto é “impureza”; “inconsistência”. Uma pessoa é “impura” pelo nascimento; devendo submeter-se aos Samskaras ou rituais purificatórios conforme orientação de Manu. Mas este “impuro” não é de cunho moral, mas objetivo, ou seja, ligado ao corpo e à matéria. Na verdade, quem não se submete aos ritos de Manu nem mesmo é considerado “pessoa” para Manu. Um dos processos de alcançar a liberação ou Moksa é a realização de austeridades, as quais o sr. cita algumas: não fumar, não beber, não comer carnes, etc. Mas isso não é suficiente. Se olharmos bem de perto, os animais não fumam, não bebem, muitos jamais comerão carnes, vivem em condições muito difíceis na natureza, são totalmente castos, e, mesmo assim, não alcançam a liberação e jamais a devoção pelo Supremo. Portanto, nossa condição de meros animais no mundo não nos garante a qualidade de “humanos”. Uma pessoa nasce no mundo como um animal qualquer; ela deverá seguir os passos de purificação indicados pelo Manusmriti. A condição de “devoção ou Bhakti” somente é alcançada na plataforma de “humano”. Esta palavra é interessante, ela quer dizer “seguir os princípios de Manu; hu= sacrifícios como indicado; manu= por Manu= humanu!;. seguidor das purificações do Manu). O primeiro passo é seguir os tais princípios, porém alguém pode ser um grande devoto e não seguir principio algum. A plataforma de consciência do Supremo é a mais elevada das plataformas. Regra e regulações, nascidas da própria experiência particular e idiossincráticas, típicas de seitas e coisas do gênero, são tão danosas quanto regra alguma. É por isso que o candidato a Sadhaka deverá realizar os rituais purificatórios.

O processo de namakarana diksa ou “iniciação” é um processo interno e pessoal. Diksa significa seguir o Dharma, ser respeitoso ao mestre espiritual, e seguir as orientações que Ele lhe dá, sendo a superior das instruções aquele que liberta o discípulo até mesmo do guru. Amar ao mestre espiritual e tê-lO como um amigo é mais importante do que mera formalidade. A cerimônia de fogo, que segue os rituais védicos, é mera formalidade. O conteúdo é mais importante do que a forma. O Sr. Krsna nos instruiu: Sarva Dharma Mam ekam (Gita. 18.66), ou seja, “seja devotado a Mim e tenha a Mim como o Uno”, o resto é mera “perfumaria”. Isso é o mais importante. Abandone as religiões e obrigações mecanicistas para com o Supremo, e atue como um devoto em tudo. Então estará bem. Livre-se de seitas, religiões e dogmas sem sentido.

Procure seguir o canto dos Santos Nomes, iniciando por Hare Rama e depois Hare Krsna, isso irá purificar e servir de abrigo nesta era de trevas, Kali-yuga. Louve Narayana e Vasudeva. Om namo bhagavate narayanaya! Om namo bhagavete vasudevaya! Om Namah Sivaya! Cante o Mantra do Senhor Krishna, “Sri Krsna govinda hey murari| henata narayana vasudeva”; este é o mais poderoso mantra para alcançar amor de Krsna.

Procure ser bom e fazer o bem, sem abrir mãos da Justiça. Ser pacífico é diferente de ser passivo. Então se estará seguindo o Dharma. Leia e releia o canto 12 do gita todos os domingos, então Krsna irá se encarregar de lhe mostrar a Verdade.


om hari hara om tat sat 
(source)

Voltando ao ponto de partida

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , , | Posted on 07:07



'' Voltando ao ponto de partida ''

Aqui estou novamente parado, na mesma rua, do mesmo bairro e cidade. Quem explicaria a minha volta a este lugar? Sinto-me em casa aqui, mesmo sendo uma rua, sento na calçada e vejo tudo à minha volta, o que se move e os imóveis, os visíveis e o que é oculto. Sento e vejo vidas novas e velhas, iniciantes de uma triste lida e vencedores de uma jornada coroada de troféus. Eu sou assim mesmo, um dia estou aqui e outro dia estou la, não sou da lua, sou da terra mesmo, como dizia um compositor, eu deixo a vida me levar.
Certo dia, sentado aqui mesmo, vi uma mulher, que ao passear, fixou seus olhares em meus. Não eram olhares de sedução, eram olhares de vozes, de sons e palavras…Aquele olhar refletindo a claridade do dia fazia com que tudo à sua volta se ofuscasse. Seus olhares jorravam palavras, poesias…seus olhares falavam. Nem se quer piscava, mas para um bom observador de intelectos e da natureza, podia-se ver muito longe… era como se uma janela se abrisse e a vida passasse inteira naqueles poucos e apressados passos daquela mulher. Não vi seus cabelos, não conseguia ver como era seu corpo, sua forma, sua cor, apenas seu olhar.
As palavras que eu ouvi, guardei em meu baú de segredos insondáveis. Estou eu aqui, no ponto de partida novamente.

por, Alessandro de Souza

Cadernos Avulso I

Posted by NãoSouEuéaOutra | Posted in , | Posted on 16:02



FILOSOFIAS EM BANHO MARIA
Cadernos Avulso 
memórias de nada

« Só devemos ser exigentes connoscos mesmos, porque somos os únicos capazes de responder e corresponder à nossa exigência. A exigência de que os outros correspondam às nossas necessidades psíquicas, é uma carência latente dentro de nós, porque não estamos assim tão seguros do nós. Temos Medo de estar a sós com a nossa Exigência. Maya, acaba dando o momento de suavidade, e depois, leva-te ao mesmo ponto. Nada novamente.  Precisa-se do espelho, do Outro e, paradoxalmente, negando-o... Os outros, são meros artefactos e nunca poderão satisfazer a nossa Sede, seja ela qual for... haverá sempre alguma coisa que estará mal... nem que seja um vaso que não devia estar sobre uma mesa... e apenas, momentaneamente e por momentos nos encontramos livres da exigência e apenas isso!!

 Somos muito exigentes, e isso causa feridas nos outros, distancia-os, porque não há capacidade de corresponder à exigência, quando nem conseguimos lidar com ela dentro de nós.  Precisamos dos outros, como uma mola, que diga que estou viva, e que o meu papel existencial e o que ando aqui a fazer, tem todo o sentido... e vou buscar essa validação nos outros, na expectativa que uma palavra pequena me faça sentir que é verdade, a Minha Existência.

A minha Existência parece ser mais forte de querer existir do que o silencio de todos os que não me trazem o copo de água da minha Sede. Por isso, como as crianças, eu bato o pé... tiro uma pedra na janela; atiro um foguete ao ar. Quero aquilo, essas coisas,  para me sentir viva e segura. Mas não aguento comigo mesma, com a minha própria existência solitária e a exigência  -  que precisa de companhia para ser - ,  e elaborá-la até ao ponto que ela não me exija mais.  Canso os outros, cansando-me a mim mesma; cansando antes a mim e depois canso os outros... e nem me dou conta!!! »

por, NãoSouEuéaOutra




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